iPad Pro ou MacBook Air? - A resposta pode ser mais fácil do que pensas
A Apple voltou a agitar o mercado com o lançamento do novo iPad Pro M5, o modelo de tablet ultrafino e poderoso que já conhecíamos – agora com um novo processador.
O iPad Pro, como de costume, redefine a forma como pensamos em mobilidade, principalmente se o usares como tablet, mas pensares que a qualquer momento se pode transformar num “computador” se lhe adicionares um teclado. E claro, com o novo iPadOS 26, o iPad está mais perto de ser um MacBook do que nunca.
Porém, olhando para “verdadeiros computadores”, o MacBook Air M4 mantém-se como o portátil de entrada mais popular da marca, equilibrando preço, autonomia e desempenho. Assim, a comparação entre os dois não é apenas técnica, mas também uma questão de filosofia. Estamos a falar de um portátil tradicional, pronto a usar, e de um tablet que tenta assumir o papel de computador principal.
Em Portugal, o MacBook Air M4 de 13 polegadas começa nos 1149€ (modelo de 13”), enquanto o iPad Pro M5 – também de 13 polegadas – arranca nos 1479€ para a versão base de 256GB. À primeira vista, há uma diferença de preço, que se agrava se pensares que para teres o “pack” completo no iPad, ainda tens de lhe adicionar um teclado por mais de 300€. Isto é, o Magic Keyboard custa cerca de 349€ e a Apple Pencil Pro ronda os 149€. Somando tudo, o investimento ultrapassa facilmente o valor do MacBook Air, por muito.
Ora, mas isso é apenas uma questão de preço. Vamos ao resto. O MacBook Air M4 continua a ser o valor seguro para quem procura produtividade clássica. O macOS oferece multitasking completo, suporte a software profissional e integração fluida com múltiplos monitores.
A autonomia de até 18 horas reforça a ideia de que este é o computador ideal para estudantes, profissionais de escritório e utilizadores que precisam de estabilidade e compatibilidade sem surpresas. É um portátil pronto a usar, sem custos adicionais, e com uma curva de aprendizagem mínima.
Agora, não deixa de ser um portátil – sem suporte ao toque, sem possibilidade de usar a caneta, etc. Ou seja, enquanto que há vários PCs Windows no mercado que já têm tudo isso, o MacBook Air (para já), não. E é aqui que entra a questão do iPad Pro com M5.
É um produto mais caro, certo, mas também é aquele que tem o processador mais recente e capaz. O iPad Pro M5 não só aposta na flexibilidade como, comparativamente ao MacBook Air, apresenta um melhor desempenho gráfico a vários níveis, nomeadamente em tarefas de inteligência artificial, tornando-o especialmente apelativo para criativos que trabalham com edição de imagem, vídeo ou ilustração digital.
Já no que concerne ao seu ecrã, Ultra Retina XDR Tandem OLED, revela-se outro ponto positivo do tablet face ao computador portátil, com brilho e contraste que fazem a diferença em conteúdos HDR. Além disso, o design ultrafino e o peso reduzido tornam-no imbatível em portabilidade.
No fundo, como sempre, a escolha depende muito do teu perfil e do que pretendes disso. O MacBook Air M4 é a opção racional se precisas de um computador incrível que te dá uma autonomia muito acima da média, uma ótima performance e, acima de tudo, um computador portátil, leve e prático.
Todavia, por sua vez, o iPad Pro (agora com M5), é um investimento premium que se justifica para criativos, designers e utilizadores que valorizem, acima de tudo, a portabilidade sem perder nada em prol disso.
O paradoxo é claro. O iPad Pro M5 é mais potente, mas também mais caro quando configurado para substituir um portátil. O MacBook Air M4 pode não parecer tão futurista, mas continua a ser a escolha lógica para a maioria. O último leque de questões que deves colocar a ti mesmo é: Precisas do ecrã tátil? Pensas comprar a Apple Pencil? Vês-te apto a investir num tablet e no teclado para que este se possa equiparar a um portátil?!
Se alguma dessas questões não tiver um “claro” sim como resposta, talvez o MacBook Air chegue para o que precisas.