Embora não se esperem mudanças visíveis no design da próxima terceira geração, o Apple Watch Ultra promete trazer melhorias internas significativas que vão fazer toda a diferença.
Quando o dispositivo for anunciado em setembro, terão passado dois anos desde o lançamento do modelo anterior, abrindo assim espaço para diversas otimizações, especialmente para quem ainda usa a primeira geração do Apple Watch Ultra.
O que hoje temos no pulso há alguns anos parecia inimaginável: um equipamento com GPS, ferramentas de sobrevivência e funções de monitorização de saúde, como um médico pessoal. Na verdade, a marca da Maçã já disponibiliza estes recursos a preços cada vez mais acessíveis.
Com várias funcionalidades de segurança pessoal, o Apple Watch é, atualmente, o gadget de pulso mais avançado que um utilizador pode adquirir. Mas calma, ainda há muito espaço para inovações! A Apple tem como objetivo direcionar a sua estratégia de desenvolvimento deste dispositivo, sobretudo, para as áreas da saúde e bem-estar.
Sabemos que a empresa de Cupertino não costuma revelar toda a sua oferta de uma só vez. Por isso, mesmo com algumas tecnologias já amadurecidas, a marca vai partilhando os avanços de forma gradual.
Neste sentido, eis as principais novidades que podemos esperar para o Apple Watch Ultra 3 - baseado nos últimos rumores!
Deteção de hipertensão
Mark Gurman, da Bloomberg, afirma que a monitorização da tensão arterial deverá ser a próxima grande funcionalidade de saúde do gadget de pulso, chegando primeiro ao Ultra 3.
Esta funcionalidade não forneceria medições exatas da pressão arterial sistólica e diastólica, mas sim uma monitorização da tendência de subida da pressão arterial do utilizador e o envio de um alerta caso seja detetada hipertensão.
A hipertensão é conhecida como o "assassino silencioso", pois muitas vezes passa despercebida até causar danos graves à saúde. A deteção precoce, como a que o Apple Watch poderá proporcionar, pode salvar vidas. O dispositivo já deteta fibrilhação auricular e batimentos irregulares, além de permitir a realização de ECGs e monitorização do oxigénio no sangue, embora esta última funcionalidade esteja desativada nos modelos dos EUA devido a questões de patentes.
Ecrã novo
Uma das consequências da Apple ter optado por não atualizar o Watch Ultra 2 em 2024 foi o Watch Series 10 tê-lo ultrapassado em termos de tecnologia de ecrã. Parece altamente provável que a marca traga pelo menos paridade para o Ultra este ano.
O Watch Series 10 ganhou um ecrã Retina OLED LTPO3 sempre ligado, enquanto o Ultra atual tem tecnologia LTPO2. A LTPO3 proporciona ao Series 10 uma taxa de atualização mais lenta no modo sempre ligado, permitindo um ponteiro dos segundos em tempo real em determinados mostradores do relógio.
Além disso, o Series 10 tem um OLED de ângulo amplo, que o torna até 40% mais brilhante visto de lado. Espera-se, assim, que o Ultra 3 beneficie destas duas melhorias no ecrã!
Novo chip
Após dois anos sem atualizações, é bastante provável que o Ultra 3 venha equipado com um novo chip.
O atual Ultra possui o chip S9, mas com o Watch Series 10 de 2024, a empresa de Cupertino introduziu o chip S10. Embora o S10 não seja mais potente do que o S9, é mais compacto.
A adoção de um chip mais recente poderia libertar espaço interno no Ultra para outros componentes, como uma bateria de maior capacidade. Caso a Apple opte pelo S11, este poderá trazer um desempenho superior ou novas funcionalidades integradas.
Ligação por satélite
No ano transato, Mark Gurman afirmou que o Ultra 3 terá ligação por satélite, uma funcionalidade exclusiva do iPhone até agora. Esta inovação permitirá aos utilizadores enviar mensagens de texto via satélite quando não houver cobertura de redes móveis ou Wi-Fi. Inicialmente limitada a mensagens de emergência, a funcionalidade foi expandida no iOS 18 para permitir o envio de mensagens para qualquer contacto (ainda não disponível em Portugal).
Esta funcionalidade ajudará a Apple a competir com marcas como a Garmin, que oferecem hardware de satélite dedicado para uso em emergências fora da rede. Destinado a aventureiros e praticantes de atividades ao ar livre, a conectividade por satélite para o dispositivo adicionaria outra camada de segurança para atividades que não estão perto de torres de comunicações móveis.
Ligação 5G
De acordo com os analistas Gurman e Wayne Ma, do The Information, a Apple planeia eliminar o modem Qualcomm usado no Ultra com a terceira versão do dispositivo.
Em vez de recorrer ao modem C1 ou a outro chip personalizado da marca, a empresa irá substituir as unidades Qualcomm por unidades da MediaTek, uma das poucas empresas capacitadas para projetar modems 5G.
O chip modem da MediaTek irá incluir suporte para o 5G RedCap, um serviço 5G projetado para dispositivos conectados e wearables que não exigem as velocidades convencionais do 5G. Atualmente, os modelos de Apple Watch com ligação móvel continuam a usar 4G LTE, apesar de a Apple ter o 5G nos iPhones desde 2020.
Parte traseira redesenhada e carregamento mais rápido
O Series 10 introduziu um design completamente renovado na parte traseira, com uma bobina de carregamento maior e uma antena integrada.
Atualmente, o Ultra utiliza uma parte traseira em cerâmica e cristal de safira, ao invés de metal. É bastante provável que o Ultra 3 adote o novo design da traseira metálica do Series 10, visto que oferece melhor desempenho nas comunicações móveis e um carregamento mais rápido.
Este novo design permitiu que o Series 10 carregasse até 80% em apenas 30 minutos — 15 minutos a menos do que o Series 9. Em contraste, o Ultra 2 leva 60 minutos para atingir os mesmos 80%.
Podemos assim concluir que o Apple Watch Ultra 3 deverá manter o design atual, mas deverá oferecer melhorias significativas em saúde, ecrã, desempenho e conectividade.
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