Há duas semanas, meti-me na "bela" aventura de restaurar o meu iPhone 12 mini. A ideia era simples: colocá-lo nas definições de fábrica, limpinho como novo, e atualizá-lo depois para a versão mais recente do iOS. Como sou novo no mundo Apple e gosto de fazer as coisas “by the book”, fui logo procurar o método mais fiável. E lá fui eu, todo confiante, de encontro ao modo DFU (Device Firmware Update). Spoiler: o que parecia simples, acabou por ser uma verdadeira montanha-russa de erros e frustração.
Comecei por instalar a aplicação “Dispositivos Apple” no meu computador com Windows 11. Tudo certinho: iPhone em modo de recuperação, app aberta, cabo USB-C ligado… e voilá, a aplicação reconheceu o iPhone. Até aqui, tudo bem. Surgiu aquela mensagem clássica: “Ocorreu um problema no iPhone que requer a atualização ou o restauro do dispositivo.” Eu, focado no objetivo, cliquei logo em Restaurar.
A partir daqui, foi só ladeira abaixo.
O software começou a descarregar o iOS e prometia restaurar o iPhone automaticamente depois disso. Mas mal o download acabou, pimbas, erro no ecrã. Primeiro, um misterioso erro 1109. Tentei outra vez. Depois outra. E mais uma. Até que o computador decidiu ser criativo e deu-me um novo presente: erro 4045.
Fiz o que qualquer pessoa com acesso à internet faria: pesquisei. E rapidamente percebi que não estava sozinho — há montes de utilizadores a queixarem-se dos mesmos erros nos fóruns da Apple, no Reddit, em sites aleatórios… basicamente, a app “Dispositivos Apple” no Windows tem a reputação de ser mais instável que a ligação Wi-Fi num café.
Segui mil e uma sugestões: troquei de porta USB, confirmei que o cabo não estava danificado, reiniciei o computador, desativei o antivírus, rezei três Avé Marias… e nada. Sempre o mesmo erro. Sempre o mesmo desespero.
Já a imaginar o pior — tipo o iPhone a transformar-se num pisa-papéis caro — decidi procurar alternativas. E foi aí que descobri a Dr.Fone, uma aplicação da Wondershare. Instalei, segui os passos… e em poucos minutos, o iPhone estava restaurado, atualizado para o iOS 18.3 e, mais tarde, para o iOS 18.4. Sem erros. Sem stress. Sem vontade de atirar o computador pela janela.
Agora, deixem-me ser claro: isto não é publicidade. Não sou patrocinado nem tenho comissão por downloads. Mas a verdade é esta — a ferramenta oficial da Apple falhou. E um software de terceiros resolveu o que a Apple não conseguiu.
E isso, sinceramente, deixou-me um sabor bem amargo na boca.
Estamos a falar da Apple. Uma das empresas mais valiosas do mundo. Como é que uma aplicação essencial, ainda que no seu sistema concorrente, está tão cheia de bugs e sem soluções à vista?
Se estás a pensar restaurar o teu iPhone num computador com Windows, fica o aviso: prepara-te para um possível pesadelo técnico. Ou então, faz-te um favor e procura logo uma alternativa. Às vezes, o caminho “não oficial” é o que realmente funciona.
