O mundo da tecnologia está em constante evolução e, esta semana, uma declaração surpreendente veio reforçar essa realidade. Durante um depoimento realizado em tribunal no âmbito do processo anti-trust que opõe o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) à Google, Eddy Cue, vice-presidente sénior da divisão de serviços da Apple, partilhou uma perspetiva inesperada sobre o futuro do iPhone.
Embora a sua intervenção se tenha centrado nas alegadas práticas anticoncorrenciais da Google, Cue aproveitou para comentar brevemente as rápidas transformações do sector tecnológico. Ao abordar a entrada de novos atores no mercado e o papel da inteligência artificial no estímulo à concorrência, o executivo da Apple declarou:
"Talvez não seja preciso um iPhone daqui a dez anos, por mais absurdo que isso possa parecer. A única forma de existir verdadeira concorrência é através de mudanças tecnológicas. As mudanças tecnológicas criam essas oportunidades. A IA constitui uma nova mudança tecnológica e está a gerar novas oportunidades para novos intervenientes."

Apesar de se tratar de uma observação meramente especulativa sobre o ritmo acelerado da evolução tecnológica, as palavras de Cue ganham particular relevância por terem sido proferidas publicamente e em tribunal. Este comentário soma-se a muitos outros que destacam o crescente protagonismo da inteligência artificial como motor de disrupção. Mudanças deste género tendem a gerar oportunidades significativas para a inovação e a desafiar o domínio das empresas tecnológicas.
O certo é que, por agora, o iPhone continua a ocupar uma posição central no ecossistema da Apple. No entanto, as declarações de Cue levantam uma questão pertinente: estaremos prestes a entrar numa nova era em que os dispositivos móveis, tal como os conhecemos, deixarão de ser indispensáveis? A resposta permanece incerta, mas é inegável que a tecnologia tem tornado o futuro cada vez mais imprevisível.