De acordo com informações avançadas pela Bloomberg, a Apple estará a estudar a possibilidade de adquirir parte do vasto portefólio de conteúdos da Warner Bros. E claro, a primeira questão que podes colocar é: o que detém a Warner Bros. Discovery? Bem, muita coisa mesmo. A empresa que detém marcas como HBO, CNN, Warner Bros., DC Entertainment, Discovery Channel e Cartoon Network.
Com efeito, como poderás imaginar, a Warner Bros. Discovery é responsável por milhares de filmes e séries de grande impacto cultural. Aliás, não é preciso ir muito além do enorme e incrível catálogo da HBO para tirar tal conclusão. Nos últimos meses, a empresa tem sido apontada como potencial alvo de aquisição por gigantes como a Paramount Skydance, ou até como candidata a uma reestruturação que passaria pela venda de ativos estratégicos, incluindo a área de streaming.
E, como tal, a Apple não quer ficar de fora dessa equação. Afinal, a empresa liderada por Tim Cook tem investido repetidamente em conteúdos para o serviço Apple TV – que agora perdeu o “plus”. Assim sendo, fontes próximas das negociações indicam que a Apple terá manifestado interesse em adquirir a biblioteca de filmes e séries, bem como alguns ativos de produção.
Porém, entre os interessados, para além da Apple, surgem também nomes como a Netflix, a Comcast e a Amazon. Até agora, o serviço Apple TV+ tem-se distinguido por apostar sobretudo em conteúdos originais, em vez de licenciar produções de outros estúdios. Consequentemente, tal aquisição representaria uma mudança significativa, permitindo à Apple reforçar rapidamente o catálogo e competir de forma mais direta com plataformas já consolidadas.
Ainda assim, Eddy Cue, responsável pelos serviços da Apple, tem reiterado que a filosofia da empresa passa por “construir e criar internamente”. A Warner Bros. Discovery deverá começar a convidar potenciais interessados a assinar acordos de confidencialidade já nos próximos dias, sinal de que o processo poderá avançar rapidamente.
Para concluir, esta notícia surge pouco depois de a Apple ter anunciado um acordo de 700 milhões de dólares para transmitir, em exclusivo nos EUA, todas as corridas de Fórmula 1 durante os próximos cinco anos – um sinal claro de que a empresa está disposta a investir forte no setor do entretenimento.
Mas claro, no fim do dia, a Apple é uma das poucas empresas que, caso entenda que esta aquisição pudesse ser benéfica para si, pode fazê-la do dia para a noite, sem necessidade de recorrer a qualquer tipo de investimento externo por parte de intermediários financeiros. Veremos o que acontece.
