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A Apple quer que os ecrãs dos iPhones e dos Apple Watch durem mais
Pedro Alves

A Apple quer que os ecrãs dos iPhones e dos Apple Watch durem mais

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Os ecrãs OLED têm um calcanhar de Aquiles que os acompanha desde o início desta tecnologia: falamos, como é óbvio, do efeito burn-in... Para quem não está familizarizado com este conceito, basicamente isto acontece quando uma imagem estática permanece tempo demais no ecrã, na mesma posição. Passado algum tempo a imagem fica memorizada no mesmo, permanentemente, tornando-se visível em forma de sombra, mesmo quando o display está desligado ou a apresentar outra imagem qualquer.

Ecrã com burn-in.

A Apple preocupa-se com este fenómeno, principalmente no que diz respeito aos iPhones e aos Apple Watch. A sua preocupação é tal que chegou ao ponto da gigante de Cupertino registar uma patente relacionada com um método para minimizar este tipo de danos.

O que está em cima da mesa é a ocorrência de uma espécie de compensação, que atuará ao nível dos píxeis, e determinará quais os mais afetados pelo problema. O intuito é alterar posteriormente o conteúdo a ser mostrado pelos mesmos, de forma a disfarçar o defeito. Se uma grande área do ecrã for afetada, o dispositivo em questão agirá sobre o brilho a aplicar nessa zona, que será mais elevado que o resto.

A tecnologia a aplicar terá como base uma previsão de quais os píxeis ou grupos de píxeis mais propensos a falhas, neste caso específico a sofrerem de burn-in. Se este trabalho for bem sucedido, automaticamente o sistema em causa encarregar-se-á de tomar as medidas necessárias à sua minimização. Por exemplo, a medida do brilho dos píxeis afetados será efetuada de forma interna, e não carece de nenhum equipamento externo. Serão utilizados píxeis de referência, de forma à medição e comparação ser o mais precisa possível.

Em suma, o iPhone ou o Apple Watch saberão o que está a ser enviado para o ecrã, conseguirão prever quais as áreas mais propícias a problemas de burn-in, e agirão autonomamente com vista a uma solução que seja invisível aos olhos do utilizador, ou pelo menos perto disso. Se esta patente vai marcar o fim deste flagelo, não sabemos. Mas é bom saber que há gigantes tecnológicas que se preocupam com este tipo de questões. É certo que registar uma patente é uma coisa, e colocá-la em prática é outra, mas o caminho tem de começar a ser trilhado por algum lado...

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