7 lançamentos da Apple que foram autênticos fracassos
Redação

7 lançamentos da Apple que foram autênticos fracassos

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O artigo que estão a ler neste momento poderá estar a ser visto num iMac, num iPad ou num iPhone. Aparelhos que são grandes sucessos da Apple. Mas nem sempre vieram grandes sucessos dos lados de Cupertino.

A história da Apple faz-se também de grandes fracassos. E é precisamente sobre sete produtos da marca que não correram bem que vos vamos falar. Antes de mais, há que ter em conta que para cinco destes, é preciso viajar no tempo até à saudosa década de 90 do século passado.

Apple Macintosh TV (1993)

Apple Macintosh TV (1993)
Apple Macintosh TV (1993)

Vamos então seguir uma linha cronológica, que ajuda sempre a contextualizar, começando pela Macintosh TV em 1993.

Este produto tinha o sistema operativo de um computador normal da Apple, um teclado, um rato... bem: na realidade era um computador com uma televisão Sony Trinitron (das melhores que havia naquela altura) incorporada. Também foi dos primeiros computadores a ter um leitor de CDs. O nome dizia literalmente tudo: era um Macintosh e era uma televisão! E na qual até se podiam ligar consolas!

Como era um all-in-one caro, o mundo, não estava ainda preparado. Por isso infelizmente não vingou, e quatro meses depois do seu lançamento, com apenas 10.000 unidades vendidas, foi descontinuada.

Apple Newton MessagePad (1993)

Apple Newton MessagePad (1993)
Apple Newton MessagePad (1993)

Ainda durante este ano de 1993, foi lançado o Apple Newton, vulgo PDA, ou talvez possamos dizer, o Bisavô do iPad. Na verdade, logo abaixo do logotipo da maçã lia-se “MessagePad”. Vinha com uma caneta Stylus (Bisavó do Apple Pencil?). Para além de um transmissor por infravermelhos (que permitia a comunicação de curta distância com outros aparelhos: Bisavô do Bluetooth?), podia ainda ligar-se a um teclado.

Para funcionar utilizavam-se quatro pilhas AA convencionais. Vinha com um ecrã em escala de cinza, com a resolução de 480x320, curiosamente a mesma que a do primeiro iPhone. A caneta controlava tudo no ecrã, mas já tinha uma espécie de inteligência artificial que aprendia à medida que a escrita era convertida em texto (Bisavó da Siri?). Só que não muito bem.

Quando Steve Jobs voltou, decretou o seu desaparecimento em 1998. Não estava simplesmente à altura dos seus padrões. Mas para quem tenha curiosidade, há ainda muita gente por este mundo fora a utilizar e a discutir sobre este Newton. Podes consultar esse fórum aqui.

Apple Pippin (1995)

Apple Pippin (1995)
Apple Pippin (1995)

Avancemos dois anos para a Apple Pippin. Uma consola de jogos da Apple resultante de uma parceria com a Bandai (a super-marca de brinquedos japonesa), num período em que Steve Jobs ainda não tinha regressado. Vinha ligada ao comando AppleJack, que tinha uma trackball no centro.

Com o surgimento da PlayStation e da Nintendo 64, o mercado estando habituado a estas marcas, mais baratas e aparentemente mais eficientes, não perdoou o preço exorbitante da Pippin. Não compreendeu também que este produto era muito mais do que uma consola. Os imensos defeitos de fabrico, quer da consola, quer dos seus jogos também não ajudaram a um possível sucesso.

E pronto, Steve Jobs regressou, a Apple ressuscitou, e a ordem de término deste projeto foi dada.

Twentieth Anniversary Macintosh (1997)

20th Anniversary Macintosh (1997)
20th Anniversary Macintosh (1997)

No seu vigésimo aniversário, a Apple decidiu comemorar a efeméride com o lançamento do Twentieth Anniversary Macintosh. Em 1997, este produto custava cerca de 7.500,00 dólares! Mas há que ver que se tratava de uma edição de luxo, pois senão vejamos: teclado com sistema de repouso em couro e trackpad incluído (e amovível), sistema de som Bose (duas colunas ao longo de toda a lateral do monitor revestidas a tecido e subwoofer), e com televisão e rádio integrados. Dotado de um monitor LCD (adeus ao CRT) e de um leitor de CD vertical, todo este aparelho era praticamente uma Macintosh TV (com rádio), mas “hiper-apetrechado” com materiais áudio e vídeo topo de gama. Interessante é também o facto do som de arranque ser diferente, no sentido de criar mais uma distinção entre este e os restantes computadores das linhas convencionais da Apple.

O próprio Jony Ive dizia na altura que esta foi uma imensa aposta no design por parte da Apple. E foi uma boa aposta, uma vez que acabou por definir toda a imagem dos futuros lançamentos da empresa. Um ano volvido, face à fraquíssima prestação nas vendas, os preços foram drasticamente reduzidos até à sua descontinuação.

Apple Mouse USB (1998)

Apple Mouse USB (1998)
Apple Mouse USB (1998)

Este artigo já vai longo, mas certamente ainda se devem lembrar, quando falámos na Pippin, que o seu comando chamava-se AppleJack. O design tipo boomerang teve em consideração a ergonomia e adaptabilidade da mão do jogador ao controlo dos jogos. Não é claramente o caso de que vos vamos falar agora: o famigerado Apple Mouse USB. Lançado em 1998, este rato era bem pequeno e num formato redondo.

Sobre isto não há muito mais a dizer: tentativa-erro. Tentaram, erraram, substituíram por melhor.

Ping (2010)

Apple Ping (2010)
Apple Ping (2010)

Temos de fazer uma viagem bem grande no tempo para voltar a encontrar um novo falhanço da Apple: o iTunes Ping. Em setembro de 2010, Steve Jobs definia o Ping como se “o Facebook e o Twitter se encontrassem com o iTunes”. Era possível seguir os nossos artistas preferidos, ter amigos com quem partilhar os nossos gostos musicais e, claro, ouvir e fazer download de conteúdos.

Dois anos depois acabou por ser encerrado. Na prática esta tentativa da Apple em ter uma rede social acabou por não ter adesão.

AirPower (2017)

Apple AirPower (2017)

E finalmente, para encerrar este rol de fracassos, anunciado em 2017, o mítico tapete de carregamento sem fios da Apple foi projetado para carregar um iPhone, Apple Watch e AirPods simultaneamente, e os dispositivos poderiam comunicar entre si para garantir que tudo estava a ser carregado de forma eficiente. Mas o ambicioso tapete de carregamento nunca chegou a ser lançado, levando a Apple a admitir um dos maiores fracassos da sua história, por o ter anunciado antes do tempo, ainda para mais numa apresentação que estreava o auditório Steve Jobs.

Ficará para a reflexão de cada um. Estes produtos que falámos são realmente fracassos? Uma coisa é certa: quem não arrisca, não petisca. E a Apple vai continuando a dar o exemplo de que é melhor arriscar do que permanecer estático e vetado ao esquecimento.

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