The Morning Show: o regresso de Jennifer Aniston à TV
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Nota: Este artigo contém spoilers!
Tinha lido que a série abordava o tema do assédio sexual, no contexto do movimento #metoo, mas na realidade, The Morning Show é muito mais do que isso. De facto, com o avançar dos episódios, toda essa questão do assédio, acaba por ficar em segundo plano, surgindo outros temas à tona.
Mas vamos começar pelo início. A série abre com um primeiro episódio bastante confuso. Os personagens e os enredos são apresentados de uma forma muito forçada e repentina e não fica claro por onde é que a trama irá desenrolar. The Morning Show conta a história de Alex Levy, interpretada por Jennifer Aniston. Alex é uma das apresentadoras de um dos programa de notícias matinal de maior renome nos Estados Unidos. O seu parceiro era Mitch Kessler (Steve Carell), que é demitido na sequência de denúncias de assédio sexual. Alex é apanhada de surpresa com a decisão do canal de afastar Mitch e terá que decidir que posição tomar e de que forma irá noticiar essa demissão aos telespectadores. Ao mesmo tempo, Alex descobre que havia planos para a despedirem e tudo fica ainda mais complicado quando uma repórter mais jovem (Reese Witherspoon) é convidada para integrar a equipa do programa.
Passado o emaranhado inicial, facilmente percebemos o porquê da escolha de Aniston por esta série para regressar à televisão 15 anos depois de Friends. O primeiro impulso seria apontar Kessler como o personagem principal, já que é este o autor dos alegados assédios. Mas não. A história gira à volta de Alex e de todo o seu esforço para se manter relevante no canal e para sobreviver num mundo dominado por homens. O papel de Aniston é extremamente complexo, carregado de drama e de emoção, de tal forma que, por mais que esta se transforme numa "predadora", passando por cima de tudo e de todos para atingir os seus objetivos, o espectador vê-se tentado a torcer pelo seu sucesso.
Apesar de pequena, a interpretação de Steve Carell de Mitch deixa bem claro que o ator é capaz de brilhar noutros registos para além da comédia. E podemos dizer o mesmo em relação a Reese Witherspoon. A sua personagem, Bradley Jackson, é apresentada com uma jornalista impetuosa, impulsiva e descontrolada, mas ao mesmo tempo como alguém que não tem papas na língua nem receio de contar a verdade tal e qual como ela é. É levada para o programa numa tentativa de remodelar a imagem do canal, mas acaba por ser envolvida em mentiras, esquemas e traições. Poderia desistir, mas Bradley mostra que está à altura do desafio e que também ela sabe jogar o jogo de Alex. Bradley será, aqui uma peça essencial na descoberta da verdade, de quem são os verdadeiros vilões e de qual será o melhor caminho a seguir.
A primeira temporada tem 10 episódios e apesar de ainda não haver uma data para lançamento da segunda, existe confirmação da mesma, cujo lançamento será, em princípio ainda este ano. Talvez The Morning Show seja mal compreendida por muitos; talvez seja adorada. A primeira temporada está aprovada, aguardemos pela continuação da história.
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Mas vamos começar pelo início. A série abre com um primeiro episódio bastante confuso. Os personagens e os enredos são apresentados de uma forma muito forçada e repentina e não fica claro por onde é que a trama irá desenrolar. The Morning Show conta a história de Alex Levy, interpretada por Jennifer Aniston. Alex é uma das apresentadoras de um dos programa de notícias matinal de maior renome nos Estados Unidos. O seu parceiro era Mitch Kessler (Steve Carell), que é demitido na sequência de denúncias de assédio sexual. Alex é apanhada de surpresa com a decisão do canal de afastar Mitch e terá que decidir que posição tomar e de que forma irá noticiar essa demissão aos telespectadores. Ao mesmo tempo, Alex descobre que havia planos para a despedirem e tudo fica ainda mais complicado quando uma repórter mais jovem (Reese Witherspoon) é convidada para integrar a equipa do programa.
Passado o emaranhado inicial, facilmente percebemos o porquê da escolha de Aniston por esta série para regressar à televisão 15 anos depois de Friends. O primeiro impulso seria apontar Kessler como o personagem principal, já que é este o autor dos alegados assédios. Mas não. A história gira à volta de Alex e de todo o seu esforço para se manter relevante no canal e para sobreviver num mundo dominado por homens. O papel de Aniston é extremamente complexo, carregado de drama e de emoção, de tal forma que, por mais que esta se transforme numa "predadora", passando por cima de tudo e de todos para atingir os seus objetivos, o espectador vê-se tentado a torcer pelo seu sucesso.
Apesar de pequena, a interpretação de Steve Carell de Mitch deixa bem claro que o ator é capaz de brilhar noutros registos para além da comédia. E podemos dizer o mesmo em relação a Reese Witherspoon. A sua personagem, Bradley Jackson, é apresentada com uma jornalista impetuosa, impulsiva e descontrolada, mas ao mesmo tempo como alguém que não tem papas na língua nem receio de contar a verdade tal e qual como ela é. É levada para o programa numa tentativa de remodelar a imagem do canal, mas acaba por ser envolvida em mentiras, esquemas e traições. Poderia desistir, mas Bradley mostra que está à altura do desafio e que também ela sabe jogar o jogo de Alex. Bradley será, aqui uma peça essencial na descoberta da verdade, de quem são os verdadeiros vilões e de qual será o melhor caminho a seguir.
A primeira temporada tem 10 episódios e apesar de ainda não haver uma data para lançamento da segunda, existe confirmação da mesma, cujo lançamento será, em princípio ainda este ano. Talvez The Morning Show seja mal compreendida por muitos; talvez seja adorada. A primeira temporada está aprovada, aguardemos pela continuação da história.
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