A arte de criar produtos inteligentes aliando design e IA
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A arte de criar produtos inteligentes aliando design e IA

Como o design, a emoção e a IA se podem entrelaçar na criação de produtos inteligentes e inovadores que unem tecnologia, emoção e funcionalidade.

No palco Centre Stage da edição 2025 da Web Summit Lisboa, Ciara Riordan, editora e apresentadora da BBC, esteve à conversa com Matthieu Masselin, CEO da Wondercraft, e Babak Hodjat, Diretor de IA da Cognizant, para analisarem como é possível criar produtos inteligentes sem descurar a funcionalidade, o design e as emoções que estes despertam nos utilizadores.

A talk intitulada The Art of Building Intelligent Things explorou como a inteligência artificial e o design se estão a fundir na criação de produtos mais humanos e empáticos.

Matthieu Masselin e a Wondercraft

Matthieu Masselin contou a história da Wondercraft, uma empresa fundada há mais de uma década e que nasceu da ambição de devolver a mobilidade a pessoas com doenças neurodegenerativas.

Através da tecnologia usada em robôs humanoides, a empresa desenvolveu exoesqueletos que permitem os pacientes voltarem a andar. “O nosso primeiro caso de uso foi literalmente fazer as pessoas voltarem a caminhar”, explicou. Hoje, os produtos da Wondercraft já ajudaram mais de 2 000 pacientes em todo o mundo e o próximo passo é levar a tecnologia para dentro das casas.

Masselin destacou como a IA revolucionou o campo da robótica. Se antes era preciso programar cada movimento de um robô, hoje o machine learning e o reinforcement learning permitem criar máquinas que aprendem com o ambiente e se adaptam autonomamente. “Estamos a entrar na era da Physical AI, em que os robôs percebem o mundo e generalizam o que aprendem”, afirmou, prevendo um futuro onde robôs inteligentes serão comuns em fábricas e até em casas.

Babak Hodjat e a divisão de IA da Cognizant

Por sua vez, Babak Hodjat, cofundador da empresa Dejima, cuja tecnologia de processamento de linguagem natural deu origem à Siri, mais tarde adquirida pela Apple, trouxe à conversa uma perspetiva sobre o papel da IA na transformação organizacional.

Atualmente à frente da divisão de IA da Cognizant, Hodjat explicou que a empresa está a evoluir de uma prestadora de serviços para uma construtora de sistemas de IA fiáveis e modulares. Segundo ele “a inteligência artificial deixou de ser mágica para se tornar algo que precisa de engenharia”.

Hodjat apresentou o conceito de multi-agent AI, no qual múltiplos agentes inteligentes colaboram entre si, comunicando em linguagem natural e adaptando-se a contextos novos. Para ele, o futuro da IA passa por sistemas compostos por milhões de agentes interligados, onde as próprias páginas e aplicações serão entidades ativas a comunicar entre si.

O futuro da IA também pode ser na base das emoções?

Ambos os oradores concordaram que a verdadeira inteligência não é apenas técnica, mas também emocional. Hodjat sublinhou que os modelos de linguagem já conseguem detetar e expressar emoções através de texto, um passo importante para criar produtos mais empáticos.

Masselin reforçou esta dimensão ao recordar um vídeo viral de uma paciente que voltou a andar com um exoesqueleto da Wondercraft, uma cena que gerou mais de 400 milhões de visualizações no TikTok. “O momento em que alguém se levanta pela primeira vez em dez anos é profundamente emocional. É aí que percebemos que a tecnologia pode devolver dignidade e emoção às pessoas”, disse ele.

Será que os utilizadores irão confiar na evolução da futura IA?

A conversa terminou com uma reflexão sobre responsabilidade e segurança. Hodjat destacou que a Cognizant desenvolveu métodos para medir o grau de confiança dos modelos de IA nas suas próprias respostas, garantindo maior fiabilidade. Masselin acrescentou que, no caso da robótica física, a responsabilidade passa por saber quando e como implementar estas tecnologias, priorizando sempre a segurança do utilizador e a confiança do público.

Quanto ao futuro, Hodjat acredita que, dentro de cinco anos, a IA será dominada por sistemas multiagentes que irão interagir de forma autónoma e colaborativa, abrindo caminho à verdadeira inteligência geral artificial. Masselin, por outro lado, prevê uma normalização dos robôs inteligentes em contextos específicos, como fábricas e espaços industriais, ainda que a sua integração em ambientes domésticos possa demorar mais tempo.

Em conclusão, o entrelaçar entre design, emoções e inteligência artificial e a arte de criar produtos inteligentes está a moldar um novo paradigma tecnológico um onde a empatia e a funcionalidade coexistem, e onde a tecnologia deixa de ser apenas útil para se tornar verdadeiramente humana.

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