No último dia da Web Summit, em Lisboa, a música e a tecnologia cruzaram-se num momento bastante inspirador. Ole Obermann, responsável pela estratégia musical do Apple Music, subiu ao palco com Armin van Buuren, DJ e produtor mundialmente reconhecido, para uma conversa sobre a evolução da indústria musical e o papel da inovação tecnológica neste percurso.
Armin Van Buuren começou por recordar os seus 30 anos de carreira, sublinhando como a tecnologia moldou o som e a forma de criar música. Desde os tempos em que produzia com apenas um computador e equipamento analógico, até ao presente, em que tudo acontece “in the box”, a mudança foi radical. Afirmou até que, sem softwares como Logic Pro, Ableton Live ou plugins como Serum, géneros como o dubstep dificilmente teriam surgido.

O DJ holandês também destacou a transformação no papel do DJ e na forma como a música é consumida. Nos anos 90, o vinil dominava e representava 60% das vendas da sua editora Armada Music. Hoje, o streaming é responsável por cerca de 80% da distribuição. “O mais importante é que as pessoas continuam a amar música e agora podem ouvi-la em qualquer momento, sem barreiras”, afirmou.
Armin lembrou que, no início, o DJ tinha um papel secundário, quase ao nível do barman. Hoje, é o centro da experiência, com espetáculos que combinam música, visuais e tecnologia. Apesar disso, mantém o espírito de improviso e sublinhou que nunca pré-programa os seus sets, preferindo ler a energia da multidão e ajustar a seleção de faixas em tempo real.
Um dos momentos mais pessoais da conversa foi a partilha sobre o álbum “Piano”, lançado recentemente. Após começar a estudar piano há sete anos, o DJ decidiu compor e gravar peças clássicas, explorando a vulnerabilidade e a beleza dos instrumentos acústicos. Gravado num só take para cada faixa, o projeto mostra uma nova faceta do artista, sem abandonar a música eletrónica.
Por outro lado, Obermann lembrou que a música é isso mesmo, uma espiral de emoções e a capacidade para comunicar com o outro. Deu como exemplo o novo álbum LUX de Rosalía. A cantora lançou recentemente um conjunto de músicas que já não são indiferentes a ninguém e que levam o ouvinte a todo o lado – destacou a música Berghain, relativa ao famoso bar em Berlim.
O tema do AI não ficou de fora. Armin reconheceu que já utiliza ferramentas de inteligência artificial, por exemplo, para transformar vozes em diferentes timbres. No entanto, deixou um alerta que é de garantir que os novos artistas tenham espaço para crescer e que a tecnologia não substitua o valor da prática e da autenticidade.

Finalmente, Ole Obermann acrescentou que estamos a entrar numa “era dourada da música”, onde a tecnologia permitirá maior acesso, descoberta e ligação entre artistas e fãs. Ambos concordaram que, apesar das ferramentas digitais, o que permanece intocável é a humanidade da música – a capacidade de emocionar, unir e transformar.

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