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Fonte: The Star
Gonçalo Antunes de Oliveira

Sobre a importância de fazeres backups

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Sempre adorei filmes e séries de ficção científica, ou que utilizassem gadgets com tecnologia que, aos nossos olhos naquela altura, só viriam a surgir no século XXII. Quando era miúdo, perguntava-me se algum dia iria ter um telefone sem fio em qualquer lado da rua, ou um relógio como na série O Justiceiro (1982) para falar com o KITT.

Bem, já cá estamos, e a Inteligência Artificial acena-nos agora com um incrível vislumbre de um futuro extraordinário, deixando igualmente na mente cenários apocalíticos como é o caso do Exterminador Implacável (1984) ou do Matrix (1999).

E era ao Matrix  que eu queria chegar. Tal como a outro filme intitulado Lucy (2014). Porquê? Porque ficaram para sempre marcadas na minha retina duas imagens que me traduzem visualmente o mundo em que vivemos.                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

Argumentos ficcionais destes filmes à parte, para mim, a parte interessante destas imagens é a ideia de todos vivemos num mundo em que a informação está entre nós. Os zeros e uns são literalmente o ADN de tudo o que fazemos, espalhados pelo ar e fluindo à velocidade da luz ao longo dos milhões de cabos que atravessam o subsolo das nossas cidades.

Posto isto, fazer backups da informação com que lidamos diariamente é fulcral! Já vos tinha aqui falado num artigo sobre a SaneBox, no qual recorri a uma estatística da Finances Online, para dizer que se estimava que, entre 2017 e 2024, passaremos de cerca de aproximadamente 3,7 para 4,5 mil milhões de utilizadores de e-mail em todo o mundo, com o tráfego constantemente a aumentar. Num outro artigo deste website, fiquei a saber que, desde 2020, o número de utilizadores de Gmail ultrapassou os 1,8 mil milhões de utilizadores ativos. Claro que, quantos de nós terá, pelo menos três contas Gmail?

Não se faz nada hoje em dia sem correio eletrónico. E por isso, trago-te neste artigo algumas opções para poderes fazer o backup dos teus e-mails de modo seguro e duradouro. E quando digo isto, refiro-me a muito mais do que às mensagens. Estou a falar de anexos e contactos, que, muitas vezes, são tão ou mais importantes que os próprios textos. Felizmente, tens várias opções:

1. Backup através do Google Takeout

O Google Takeout é um serviço gratuito oferecido pela Google que te permite descarregar todos os dados da tua conta Google, incluindo o Gmail. Para o utilizares, basta procurares no teu browser por Google Takeout, ou ires diretamente a este serviço em https://takeout.google.com/.

Fonte: Google

Uma vez escolhidos os dados que pretendes descarregar, bem como o formato em que os pretendes receber, a Google gerar-te-á um arquivo que poderás guardar com toda a segurança no teu computador, e, já agora, num disco externo.

2. Backup através de aplicações especializadas

Existem inúmeras aplicações criadas por terceiros, dedicadas à criação de cópias de segurança da tua conta Gmail, entre as quais estas:

  • Mailstore Home: para além da dita cópia de segurança dos teus e-mails, este software poderá também guardar  contactos, eventos do calendário, bem como proceder a processos de filtragem e de eliminação de correio eletrónico duplicado.
  • Backupify: esta aplicação, para além dos teus e-mails, calendário e contacto, inclui no backup a tua Google Drive, incluindo funcionalidades como a criação de backups automáticos e, a la Time Machine, a capacidade de restaurar a tua conta de e-mail para um estado anterior no tempo.
  • Gmvault: esta ferramenta, digamos que, acumula as funcionalidades das duas anteriores - backup de e-mail, contactos e etiquetas da tua conta Gmail - mas também o restauro da tua conta para uma data específica.

3. Backup através da tua app de de correio electrónico local

Muitos de nós utilizamos o Apple Mail ou o Microsoft Outlook. Ou mesmo ambos, em simultâneo. E sabias que também nestes casos podes fazer backups?

Fonte: MacWorld

Em ambas as situações, estamos a falar de processos de exportação, a partir dos quais são criados arquivos que poderás guardar no teu disco. Aprende como, clicando nestes links da Apple e da Microsoft.

4. Backup através de um serviço de armazenamento em nuvem

Ora aqui está uma forma bastante conveniente para fazeres os teus backups. Isto, claro, considerando que tens lá espaço e que confias nesse serviço.

Fonte: Techgenyz

Para tal, tens serviços como a Dropbox ou a Google Drive. Mas podes utilizar também algumas das ferramentas que te indiquei acima, tais como a Backupify ou a Gmvault para o mesmo efeito.

Não interessa como, mas faz backups

Apresentei-te aqui várias possiblidades para guardares com toda a segurança e fiabilidade os preciosos conteúdos das tuas contas de e-mail. Não descures esta prática. Aliás, o mesmo te digo para os conteúdos do teu computador.

Quase parecendo paranoico, mas o disco do teu computador pode avariar. O disco externo pode cair. A nuvem pode não funcionar. Enfim, ter uma cópia de segurança em cada sítio pode traduzir-se na tua salvação, num momento de necessidade. E acredita que há muitos.

Se ganhares a prática de fazer backups com regularidade, não mais levarás as mãos à cabeça quando precisares e não tiveres. As máquinas são fiáveis, mas nem tanto. Quando menos esperas, já te falharam.

É de grande utilidade teres a Inteligência Artificial como é o caso da SaneBox para te separar o lixo do que é essencial. Por ora, ainda não estamos ameaçados por uma consciência coletiva de uma máquina que nos considerará uma doença neste planeta, tal como professam os filmes de ficção científica. É bom termos este tipo de aplicações para nos ajudar no dia a dia.

Mas nada disto serve se não houver a preocupação de fazer backups do que temos. Não dará para organizar seja o que for, se as coisas desaparecerem. Sim, porque são mesmo muitas coisas, que voam e circulam por aí, por entre os zeros e uns deste gigantesco mundo virtual, para sempre inseparável das nossas vidas.

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