Destaques da Semana no mundo Apple
Surpresa! Novos MacBook Pro M2
Se a semana passada encerrou com o rumor de que a Apple atualizaria apenas a linha do MacBook Pro de 14” e 16” em junho, esta semana começou com o rumor de que eles chegariam, na realidade, no dia seguinte. E foi justamente isso que aconteceu. Equipados com os chips M2 Pro e M2 Max, as novas máquinas oferecem ganhos de aproximadamente 20%–25% frente aos seus pares com M1, e graus de magnitude acima dos pares mais velhos com chips Intel. Já em pré-venda, o seu lançamento em Portugal está previsto para 24 de janeiro.
Surpresa novamente! Novo Mac mini M2
Na mesma vaga de anúncios, a Apple também revelou a nova geração do Mac mini. Além de uma redução de preço no modelo com chip M2, a marca de Cupertino surpreendeu ao anunciar uma opção equipada com M2 Pro. Essa nova geração empurrou para fora da linha o Mac mini Intel, deixando apenas o Mac Pro à venda com processador x86. Da mesma forma que o novo MacBook Pro, o novo Mac mini já está em pré-venda e chega a 24/1.
Surpresa outra vez! Novo HomePod
Discutido no último iFeed Talks como uma distante possibilidade, o lançamento do novo HomePod tornou-se bastante real na quarta-feira à tarde, quando a Apple detalhou a nova versão da sua principal coluna inteligente. Custando 299 dólares – um preço reduzido em 50 dólares quando comparado ao preço de lançamento da primeira geração –, esta nova versão conta com um hardware ligeiramente inferior ao original, mas que a Apple acredita ser suficiente para manter o HomePod no topo da lista das colunas inteligentes high-end do mercado. Já os upgrades na experiência incluem suporte ao protocolo Matter e a Áudio Espacial.
Mais uma surpresa! O termómetro do HomePod mini
Em 2021, o iFixit informou o mundo sobre algo curioso: na desmontagem do HomePod mini, eles identificaram um termómetro que, pela sua localização dentro do dispositivo, parecia ter o objetivo de medir a temperatura ambiente (ao invés, por exemplo, de ser algo para diagnóstico de funcionamento do HomePod mini). Eis que quase 2 anos depois, junto do anúncio do novo HomePod, a Apple informou o mercado que ativará o termómetro da coluna num update que virá nos próximos dias. Com isso, donos do aparelho poderão saber a temperatura atual do ambiente onde ele está pousado, bem como a humidade do ar. Curioso, não?
E agora? O que vem mais aí?
Do projeto do headset imersivo à atualização do Mac Pro e iMac, todos sabem que não faltam rumores e palpites sobre o que a Apple lançará nos próximos meses. Talvez por isso a Bloomberg tenha aproveitado os últimos dias para apresentar um (relativamente) novo rumor sobre novos produtos domésticos que a Apple estará a desenvolver. Primeiro, um ecrã inteligente para HomeKit baseado no iPad. Segundo, uma Apple TV com um HomePod integrado e com uma câmera, possivelmente para chamadas em vídeo na TV de casa. Nada disso deve chegar antes de 2024, mas já vale manter no radar para possíveis novos rumores.
Sempre houve algo no ar
No início da semana, estava convencido de que o meu artigo de opinião seria uma ode aos 15 anos do lançamento do MacBook Air, computador que mudou a direção da evolução da computação moderna. O floreio de apresentá-lo a partir de um envelope, junto do título There’s Something In The Air para o evento tornou a ocasião quase tão memorável quanto a apresentação do primeiro iPhone.
Nos anos que se seguiram, naturalmente, a concorrência abandonou a tentativa de emplacar os netbooks (quem lembra?) e passou a investir em concorrentes do MacBook Air: máquinas pequenas, finas e leves, mas perfeitamente capazes de desempenhar tarefas do dia-a-dia sem abrir mão de quesitos como um teclado de tamanho completo e um bom trackpad.
Pois bem. Eis que na terça-feira a Apple não só anunciou o novo Mac mini M2 e o MacBook Pro com M2 Pro/M2 Max, como ela também me fez mudar dois planos: o primeiro, financeiro. Comprei um MacBook Pro de 16” com M2 Max, e devo tê-lo em mãos já na semana que vem. O segundo, criativo. A coluna de opinião que lês agora transformou-se numa ode a tudo o que o MacBook Air possibilitou. Incluindo os Macs anunciados esta semana.
Percebe: por muitos anos, especialmente após o lançamento do iPad em 2010, havia uma impressão de que a Apple iria, aos poucos, deixar o Mac de lado. O sucesso comercial dos dispositivos móveis e o crescente interesse do mercado por este segmento representou o que foi visto como uma enorme ameaça para utilizadores, digamos, mais tradicionais, que queriam apenas que o Mac seguisse recebendo investimento e atenção da Apple na mesma medida (ou mais) do que nos anos anteriores. E de certa forma, a própria Apple tentou acalantar essas inquietudes ao, também em 2010, fazer o evento Back to the Mac em que dedicou integralmente a sua atenção à categoria.
Passados alguns anos, o pior medo dos utilizadores de Mac foi concretizando-se. Somando a confusão e incapacidade da Intel de cumprir um calendário consistente de atualizações e evolução dos seus chips, a atenção dividida de Jony Ive entre software e hardware (e a sua teimosia com péssimas decisões como por exemplo remover conectores e manter o teclado borboleta vivo), e uma incómoda sequência de anos em que o macOS praticamente não recebeu novidades relevantes tornaram perfeitamente compreensível a apreensão e a revolta daqueles que desde 2010 viam o Mac sob ameaça de extinção.
Pois bem. Cá estamos em 2023. Jony Ive não está mais na Apple, o teclado borboleta não está mais nos Macs, os conectores voltaram, o macOS recebeu um sem-fim de novidades (muitas delas, ironicamente, introduzidas graças ao iPad), e nunca tivemos processadores tão potentes em toda a linha de Macs.
Os lançamentos desta semana, somados à inacreditável aceleração na evolução do hardware de cada modelo de Mac ao longo da última década, são a confirmação não apenas de que os Macs seguem vivos, firmes e fortes dentro da empresa, mas eles nunca deixaram de evoluir. Se, há 15 anos, a Apple apresentava o futuro dos computadores ultraportáteis, abrindo caminho para a adoção de uma ou outra funcionalidade em todo o resto da linha de Macs, hoje cada lançamento da linha de Macs faz ela voar ainda mais longe, cruzando, é claro, o ar.
App da semana - Streaks
Eu não sei quanto a ti, mas nada me motiva mais do que um bom sistema de gamificação. Medalhinhas, recordes, sequências ininterruptas de tarefas cumpridas transformam tarefas mundanas em pequenos desafios com recompensas, admito, relativamente inúteis (porém, muito motivadoras). É aí que entra a app Streaks, que me tem ajudado a manter pequenas tarefas em dia. Tu defines os teus objetivos, como por exemplo: estudar, fazer exercício, meditar, enviar currículos, não fumar, beber 2L de água, etc e, a seguir passas a marcar diariamente quando executar tal tarefa. Esta forma de marcar sequencialmente o cumprimento de um objetivo ou tarefa parece simples, mas será uma poderosa forma de, no fim das contas, prestares contas a ti mesmo na direção dos teus principais objetivos.
Quick Tip - iPhone
Existem inúmeras categorias em que a Siri serve somente para nos frustrar. Todos já passamos pela situação de dar um comando absolutamente simples e, em seguida, sentir uma mistura de frustração e desdém ao ver uma nova forma criativa como a Siri não apenas entende o comando errado, mas também retorna com algo absolutamente inesperado. No entanto, uma funcionalidade pouco conhecida que se tem provado bastante útil para mim é a integração da Siri com os lembretes levando em conta o meu contexto atual. Quando recebo um e-mail, por exemplo, mas quero lidar com isso mais tarde ou amanhã, ativo a Siri e digo “Lembra-me disto às 17h de amanhã”. A Siri (bem, na maioria das vezes) cria um item inteligente que anexa aquele e-mail no lembrete para que amanhã, às 17h, eu possa respondê-lo ou fazer o que for necessário com aquela mensagem. Experimenta, pois é algo que em pouco tempo se tornará natural no – desafiador, admito – dia-a-dia com a assistente da Apple.
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