Era certo e sabido que a Apple apresentaria um novo processador M5 – só não se sabia quão diferente (para melhor) poderia este novo processador ser do seu antecessor. Com efeito, vale a pena debruçarmo-nos um pouco mais sobre as diferenças e, consequentemente, perceber até que ponto podem estas ser significativas para a maioria dos utilizadores.
É verdade, a Apple voltou a agitar o mercado tecnológico com a chegada do M5, que está agora presente em diversos produtos, como o mais recente MacBook Pro de 14 polegadas, iPad Pro ou até o Vision Pro.
Muito foco em inteligência artificial
A primeira grande diferença, de acordo com a empresa de Cupertino, tem que ver com o salto de desempenho em tarefas de AI e aprendizagem automática. Isto é, o novo M5 integra novos aceleradores neurais, capazes de reduzir drasticamente o tempo de resposta em modelos de linguagem, edição de vídeo ou renderização 3D.
Do mesmo modo, a Apple afirma que o M5 é até 3,6 vezes mais rápido do que o M4 em operações que envolvam AI generativa. Além disso, o Neural Engine de 16 núcleos também foi otimizado, garantindo maior eficiência em fluxos de trabalho que dependem de inteligência artificial. Como podes perceber, num primeiro momento, tudo que envolve o novo M5 mostra que sim, é mais potente que o M4, mas também muito centrado em inteligência artificial.
Por outro lado, a largura de banda da memória é um ponto de evolução, pois passa de 120GB/s no M4 para 153GB/s no M5. Este aumento de 27,5% traduz-se em maior fluidez em tarefas pesadas, sobretudo (uma vez mais) em aplicações de AI generativa e edição multimédia.
E quanto a gráficos e CPU?
Ora, também aqui o M5 traz melhorias significativas. A Apple fala em até 45% mais desempenho gráfico face ao M4, o que representa um grande salto face à versão anterior. O processador inclui uma GPU com capacidade de ray tracing de 3.ª geração, ideal para renderização realista em jogos e aplicações profissionais.
Tal como o M4, o M5 mantém uma configuração de 10 núcleos (6 de eficiência + 4 de performance). Assim sendo, a novidade está na evolução dos núcleos de performance, que a Apple descreve como os mais rápidos do mercado. Já o ganho em multithreading, pode chegar a 15%, o que se traduz em maior rapidez em tarefas complexas e multitarefa.
Conclusão
Finalmente, há mais um detalhe técnico importante, que é o facto do M5 ser fabricado no processo de 3nm de 3.ª geração da TSMC, garantindo maior eficiência energética. Consequentemente, o M5 não é apenas uma atualização incremental, mas sim um avanço claro em matéria de AI, gráficos e eficiência, consolidando a aposta da Apple em processadores próprios.
Para utilizadores que dependem de edição de vídeo, design 3D ou aplicações de inteligência artificial, a diferença face ao M4 pode ser bastante significativa.